A reformulação do Portal é uma das
ações que o Sistema Integrado de Bibliotecas (SIBi) tem desenvolvido para
ampliar a visibilidade e o impacto das revistas científicas da Universidade
O
Portal de Revistas da USP está com um novo formato. Além de um design muito mais “amigável”, o novo Portal de
Revistas da USP apresenta novidades como um sistema de busca integrada com
outros portais da Universidade e, em breve, incorporará serviços eletrônicos
como o Digital Object Identifier (DOI), um sistema que
identifica o conteúdo; e um software que detecta possíveis casos de plágio.
Lançada em outubro, a nova versão do Portal de
Revistas da USP apresenta um design mais “amigável” e um sistema de busca
integrada com outros portais da Universidade
Outra novidade é que, além das revistas
credenciadas no Programa de Apoio às Publicações Científicas Periódicas da USP,
o novo portal também incorporou as revistas dos Centros de Pesquisa e as
revistas estudantis, como a “Revista de Medicina”, publicada pelos alunos da
Faculdade de Medicina (FM) desde 1916. Ao todo, estão disponíveis 104 revistas
e aproximadamente 39 mil artigos, que podem ser localizados pelo nome, pelo
autor, pelo assunto, pela Unidade ou por palavra-chave. Com o intuito de
preservar a memória da produção científica da Universidade, o Portal também
incorporou coleções completas como a da “Revista de Estudos Avançados”,
publicada desde 1987 pelo Instituto de Estudos Avançados (IEA), e a “Scientia Agricola”, publicada desde 1992 pela Escola Superior
de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq).
Criado em 2008, o Portal de Revistas da USP é uma
biblioteca eletrônica que disponibiliza as revistas produzidas pela
Universidade, com o objetivo de ampliar o acesso aos conteúdos e ao
conhecimento, movimento que ficou conhecido como Open Access. Como explica o pró-reitor de Pesquisa,
Marco Antonio Zago: “cada vez mais, as grandes editoras e entidades científicas
detêm o controle da publicação da pesquisa de sua área. A USP não tem uma
política centralizadora para a publicação de revistas, são as unidades e os institutos
que possuem essa iniciativa. Quando uma revista começa a se destacar é porque
houve um esforço muito grande, um incentivo que persistiu por um bom período
para começar a obter êxito”.
Ranking das Revistas
Científicas
Em
julho deste ano, a consultoria Thomson Reuters divulgou
um ranking das principais revistas científicas do mundo, com seus respectivos
fatores de impacto. Das publicações brasileiras, apenas 16 títulos possuem
fator de impacto igual ou superior a 1 e, dessas, 3 são revistas publicadas
pela USP: a revista “Clinics”, do Hospital das Clínicas (HC); a “Revista da
Saúde Pública”, da Faculdade de Saúde Pública (FSP); e a “Revista do Instituto
de Medicina Tropical de São Paulo”, do Instituto de Medicina Tropical (IMT).
Essas revistas não só obtiveram fator de impacto superior a 1, como também
aumentaram esse índice.
O fator de impacto é um cálculo feito
com base no número de citações dos artigos de uma determinada revista, durante
o período de dois anos subsequentes à sua publicação. O índice é uma média de
quantas vezes cada artigo publicado foi citado durante o período e representa o
impacto e a visibilidade da revista.
Outra questão importante é a
característica das publicações, como veículo de transmissão de conhecimento,
nas diferentes áreas. “Para a ciência, só tem valor o que é de conhecimento
público. Se um pesquisador faz uma grande descoberta e não conta para ninguém,
esse conhecimento é inútil. O conhecimento científico só tem valor se for
transferido a todos e isso é válido para todas as áreas de conhecimento, o que
varia é a forma como esse conhecimento é compartilhado. Revistas científicas
costumam ter um peso maior nas áreas de conhecimento das ciências experimentais
duras como medicina, física e matemática. As humanidades têm padrões muito
diferentes e se comunicam também por meio de livros, artigos em periódicos não
científicos, opiniões e entrevistas que enfatizam o prestígio do pesquisador.
Nada disso é captado por esses índices”, afirma Zago.
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