Pesquisa do Instituto Pró-Livro mostra que 71% da população têm fácil acesso a uma biblioteca
27 de março de 2012 | 23h 19
Edison Veiga e Paulo Saldana - O Estado de S.Paulo
O desempregado gaúcho Rodrigo Soares tem 31 anos e nunca foi a uma biblioteca. Na tarde desta terça-feira, ele lia uma revista na porta da Biblioteca São Paulo, zona norte da cidade. "A correria acaba nos forçando a esquecer essas coisas." E Soares não está sozinho. Cerca de 75% da população brasileira jamais pisou numa biblioteca - apesar de quase o mesmo porcentual (71%) afirmar saber da existência de uma biblioteca pública em sua cidade e ter fácil acesso a ela.
Vão à biblioteca frequentemente apenas 8% dos brasileiros, enquanto 17% o fazem de vez em quando. Além disso, o uso frequente desse espaço caiu de 11% para 7% entre 2007 e 2011. A maioria (55%) dos frequentadores é do sexo masculino.
Os dados fazem parte da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, do Instituto Pró-Livro (IPL), o mais completo estudo sobre comportamento leitor. O Estado teve acesso com exclusividade a parte do levantamento, cuja íntegra será divulgada nesta quarta-feira em Brasília.
Para a presidente do IPL, Karine Pansa, os dados colhidos pelo Ibope Inteligência mostram que o desafio, em geral, não é mais possibilitar o acesso ao equipamento, mas fazer com que as pessoas o utilizem. "O maior desafio é transformar as bibliotecas em locais agradáveis, onde as pessoas gostam de estar, com prazer. Não só para estudar."
A preocupação de Karine faz todo sentido quando se joga uma luz sobre os dados. Ao serem questionados sobre o que a biblioteca representa, 71% dos participantes responderam que o local é "para estudar". Em segundo lugar aparece "um lugar para pesquisa", seguido de "lugar para estudantes". Só 16% disseram que a biblioteca existe "para emprestar livros de literatura". "Um lugar para lazer" aparece com 12% de respostas.
Perfil. A maioria das pessoas que frequentam uma biblioteca está na vida escolar - 64% dos entrevistados usam bibliotecas de escolas ou faculdades. Dados sobre a faixa etária (mais informações nesta página) mostram que, em geral, as pessoas as utilizam nessa fase e vão abandonando esse costume ao longo da vida.
A gestora ambiental Andrea Marin, de 39 anos, gosta de livros e lê com frequência. Mas não vai a uma biblioteca desde que saiu dos bancos escolares. "A imagem que tenho é de que se trata de um lugar de pesquisa. E para pesquisar eu sempre recorro à internet", disse Andrea.
Enquanto folheava uma obra na Livraria Cultura do Shopping Bourbon, na Pompeia, zona oeste, diz que prefere as livrarias. Interessada em moda, ela procurava livros que pudessem ajudá-la com o assunto. "Nem pensei em procurar uma biblioteca. Nas livrarias há muita coisa, café, facilidades. E a biblioteca, onde ela está?", questiona. Dez minutos depois, passa no caixa e paga R$ 150 por dois livros.
O estudante universitário Eduardo Vieira, de 23 anos, também não se lembra da última vez que foi a uma biblioteca. "Moro em Diadema e lá tem muita biblioteca. A livraria acaba mais atualizada", diz ele, que revela ler só obras cristãs. "Acho que nem tem esse tipo de livro nas bibliotecas."
FONTE: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,cerca-de-75-dos-brasileiros-jamais-pisaram-em-uma-biblioteca-diz-estudo,854168,0.htm
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quarta-feira, 28 de março de 2012
quarta-feira, 7 de março de 2012
Nova biblioteca de Stuttgart
Nova biblioteca de Sttutgart |
A cidade de Stuttgart chamou a atenção internacional ao investir 79 milhões de euros em uma biblioteca pública, que oferece serviços de qualidade, eventos sofisticados e tecnologia de ponta, além de uma arquitetura espetacular.
Os objetivos mais importantes são garantir o acesso livre à informação de forma permanente e garantir a participação social, econômica e cultural.
A Alemanha possui 8.404 bibliotecas públicas com acervo total de 123 milhões de mídias. Estas bibliotecas receberam 122 milhões de visitantes em 2009, que emprestaram 370 milhões de mídias. As bibliotecas gastaram 878 milhões de euros em 2009.
Fonte: Christine Brunner. Entrevista concedida ao BOB News, n.53, fev.2012
Empreendedorismo: estudante desenvolve site que já é sucesso em venda e compra de livros acadêmicos usados em todo o Brasil
Caros usuários
A equipe da Biblioteca Central da USP/FZEA tem a satisfação de divulgar o trabalho desenvolvido por um estudante da UFMG, Danilo Maia, que criou um sistema online de negociação de livros acadêmicos usados, visando facilitar a vida dos estudantes amenizando os altos gastos que são tão comuns para a aquisição de livros novos.
Tal projeto é totalmente gratuito e está ao alcance de todos os alunos universitários.
Visite o site Adquo e leia a matéria abaixo para saber mais detalhes sobre o projeto e sua criação.
Danilo Maia, criador do Adquo |
Danilo Maia, estudante do 10º período do curso de Engenharia Elétrica da UFMG, criou uma alternativa muito interessante para economizar perante os altos gastos com livros para o curso. Ele desenvolveu um sistema semelhante a uma “feira online”, onde qualquer estudante pode procurar, anunciar e comprar livros acadêmicos, e tal sistema está em uso e constante crescimento desde o final do ano de 2010, transformando-se em um site: Adquo.
O princípio do sistema é bastante simples, com base na interatividade entre os usuários. É necessária a criação de uma conta no site para quem tem interesse em vender livros, e a busca é livre para qualquer usuário sem qualquer necessidade de cadastro. Danilo salienta a importância da ausência de taxas: “É tudo gratuito. Para uma iniciativa crescer ela tem que ser simples, funcional, para que as pessoas possam se sentir atraídas”,
Conforme constatado pelo criador do site, o período de pico de negociações ocorre sempre no início dos semestres letivos, e tende a aumentar nos próximos anos. Danilo tem expectativas de fechar o ano de 2012 com 10 mil negociações concluídas e de chegar a marca de 100 mil usuários cadastrados em 2014, incorporando novos serviços ao site até lá.
Além das negociações de livros, o site ainda traz para a rede online os avisos que são publicados nos conhecidos quadros e murais dos corredores das faculdades, facilitando assim o conhecimento dos futuros eventos e acontecimentos.
Danilo Maia, que tem 23 anos e trabalha na área de desenvolvimento de softwares, conta que a ideia surgiu após cursar a disciplina optativa Engenharia de Software. O nome Adquo vem do latim, e significa o centro da questão (busílis). No princípio a divulgação foi feita por meio de conversas e e-mails enviados a amigos. O projeto está funcionando oficialmente desde 2011.
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