Nossa missão

"Busca constante da informação para satisfação de seus usuários"

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Parceria entre SIBi e Editora transforma clássicos da literatura em audiolivros

“Ler é sonhar pela mão de outro”, declamou Fernando Pessoa em seuLivro do Desassossego. Com o objetivo de transformar esse sonho em realidade e ampliar a facilidade de acesso à informação, a Universidade de São Paulo criou seis audiolivros em formato DAISY (Digital Accessible Information System) para auxiliar estudantes com deficiência visual em sua preparação para o vestibular.
O projeto é uma parceria entre o Sistema Integrado de Bibliotecas (SIBi) da USP, o Programa USP Legal, a Editora Martin Claret e a Empresa eDaisy, desenvolvedora do software que possibilita a migração de conteúdos para o formato DAISY, padrão internacional de acessibilidade. A proposta faz parte do Programa de Acessibilidade mantido pelo SIBi, com apoio da Reitoria.

“Nosso programa consiste em migrar conteúdos produzidos pela própria comunidade uspiana e dos quais tenhamos os direitos autorais”, explica Sueli Mara Ferreira, diretora técnica do Sistema Integrado de Bibliotecas da USP. “Com a aproximação da primeira fase da Fuvest nos ocorreu prestar mais esse serviço à comunidade.”
Os candidatos com necessidades especiais são classificados em 5 grandes grupos, que exigem procedimentos distintos por parte da Fuvest: Deficientes visuais, auditivos, físicos, disléxicos e outros tipos. Neste ano, a Fuvest recebeu um total de 72 inscritos com deficiência visual. Os candidatos solicitam provas em Braille ou ampliadas dos tipos I e II. As provas correspondentes são preparadas por uma equipe com experiência nessa tarefa.
A lista de obras para o vestibular contém 9 títulos em 2012. Os livros editados pelo projeto do SIBi foram Til(José de Alencar), Memórias de um sargento de milícias (Manuel Antônio de Almeida), Memórias póstumas de Brás Cubas (Machado de Assis), O cortiço (Aluísio Azevedo), Viagens da minha terra (Almeida Garret) e A cidade e as serras (Eça de Queirós), todos em domínio público.
Apesar de todos os volumes migrados serem de domínio público, as versões utilizadas pelo projeto são de propriedade da Editora Martin Claret “que também está preocupada com a questão da inclusão social e cedeu seus direitos gratuitamente”, esclarece Sueli.
“Dentre os conteúdos que busca tornar acessível, o SIBi entendeu como sendo de grande relevância e extensão social, a inclusão dos livros exigidos pela Fuvest”, explica a diretora. Nesse sentido, o projeto buscou cooperação com editoras detentoras desses materiais e encontrou um grande parceiro da Editora Martin Claret que, além de possuir os direitos de seis dos nove livros exigidos na primeira fase, ainda gerou uma série de roteiros de leitura e perguntas que orientam os alunos sobre os principais pontos do texto.
Os títulos serão disponibilizados tanto online, no site do projeto, quanto em suporte físico, reproduzido pelos grupos parceiros no projeto. O SIBi ficou responsável pela criação do website e a Martin Claret forneceu a última versão dos títulos em formato PDS, viabilizando a conversão dos textos para o formato DAISY por parte da Editorial Maluhy.

Texto disponível em: http://www5.usp.br/20517/parceria-entre-sibi-e-editora-transforma-classicos-da-literatura-em-audiolivros/



quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Portal de Revistas da USP ganha uma nova versão


A reformulação do Portal é uma das ações que o Sistema Integrado de Bibliotecas (SIBi) tem desenvolvido para ampliar a visibilidade e o impacto das revistas científicas da Universidade

O Portal de Revistas da USP está com um novo formato. Além de um design muito mais “amigável”, o novo Portal de Revistas da USP apresenta novidades como um sistema de busca integrada com outros portais da Universidade e, em breve, incorporará serviços eletrônicos como o Digital Object Identifier (DOI), um sistema que identifica o conteúdo; e um software que detecta possíveis casos de plágio.
 
Lançada em outubro, a nova versão do Portal de Revistas da USP apresenta um design mais “amigável” e um sistema de busca integrada com outros portais da Universidade


Outra novidade é que, além das revistas credenciadas no Programa de Apoio às Publicações Científicas Periódicas da USP, o novo portal também incorporou as revistas dos Centros de Pesquisa e as revistas estudantis, como a “Revista de Medicina”, publicada pelos alunos da Faculdade de Medicina (FM) desde 1916. Ao todo, estão disponíveis 104 revistas e aproximadamente 39 mil artigos, que podem ser localizados pelo nome, pelo autor, pelo assunto, pela Unidade ou por palavra-chave. Com o intuito de preservar a memória da produção científica da Universidade, o Portal também incorporou coleções completas como a da “Revista de Estudos Avançados”, publicada desde 1987 pelo Instituto de Estudos Avançados (IEA), e a “Scientia Agricola”, publicada desde 1992 pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq).

 A reformulação do Portal de Revistas faz parte de um conjunto de ações desenvolvidas pelo SIBi com o objetivo de ampliar a visibilidade e o impacto das revistas científicas da USP. A ideia é oferecer infraestrutura para os editores científicos da Universidade e ajudá-los a constituir um veículo de comunicação de excelência, que favoreça a divulgação do conhecimento. Outra ação que está sendo estudada é a centralização dos serviços de revisão e tradução de artigos. O SIBi ainda pretende desenvolver ações para desenvolver competências em edição de publicações científicas com cursos, palestras e encontros para treinamento em processo editorial, avaliação de conteúdo, serviços gráficos, digitalização etc.

Criado em 2008, o Portal de Revistas da USP é uma biblioteca eletrônica que disponibiliza as revistas produzidas pela Universidade, com o objetivo de ampliar o acesso aos conteúdos e ao conhecimento, movimento que ficou conhecido como Open Access. Como explica o pró-reitor de Pesquisa, Marco Antonio Zago: “cada vez mais, as grandes editoras e entidades científicas detêm o controle da publicação da pesquisa de sua área. A USP não tem uma política centralizadora para a publicação de revistas, são as unidades e os institutos que possuem essa iniciativa. Quando uma revista começa a se destacar é porque houve um esforço muito grande, um incentivo que persistiu por um bom período para começar a obter êxito”.


Ranking das Revistas Científicas
Em julho deste ano, a consultoria Thomson Reuters divulgou um ranking das principais revistas científicas do mundo, com seus respectivos fatores de impacto. Das publicações brasileiras, apenas 16 títulos possuem fator de impacto igual ou superior a 1 e, dessas, 3 são revistas publicadas pela USP: a revista “Clinics”, do Hospital das Clínicas (HC); a “Revista da Saúde Pública”, da Faculdade de Saúde Pública (FSP); e a “Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo”, do Instituto de Medicina Tropical (IMT). Essas revistas não só obtiveram fator de impacto superior a 1, como também aumentaram esse índice.
O fator de impacto é um cálculo feito com base no número de citações dos artigos de uma determinada revista, durante o período de dois anos subsequentes à sua publicação. O índice é uma média de quantas vezes cada artigo publicado foi citado durante o período e representa o impacto e a visibilidade da revista.
Outra questão importante é a característica das publicações, como veículo de transmissão de conhecimento, nas diferentes áreas. “Para a ciência, só tem valor o que é de conhecimento público. Se um pesquisador faz uma grande descoberta e não conta para ninguém, esse conhecimento é inútil. O conhecimento científico só tem valor se for transferido a todos e isso é válido para todas as áreas de conhecimento, o que varia é a forma como esse conhecimento é compartilhado. Revistas científicas costumam ter um peso maior nas áreas de conhecimento das ciências experimentais duras como medicina, física e matemática. As humanidades têm padrões muito diferentes e se comunicam também por meio de livros, artigos em periódicos não científicos, opiniões e entrevistas que enfatizam o prestígio do pesquisador. Nada disso é captado por esses índices”, afirma Zago.

Fonte: http://www.usp.br/imprensa/?p=26473

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Produção científica da USP chega à população

Docentes divulgam a produção intelectual da Universidade


Professores e alunos da Universidade de São Paulo participam durante um mês de encontros com outros professores, editores de revistas e com a comunidade em geral, visando disseminar o conhecimento sobre a produção científica da USP, que passa a ser veiculada em plataformas abertas no Portal de Revistas USP e na Biblioteca Digital da Produção Intelectual da USP, inauguradas no último dia 22 de outubro. A iniciativa do evento, que marca o Dia Mundial a Ciência, é da professora Sueli Mara Soares Pinto Ferreira, diretora do Sistema Integrado de Bibliotecas – SIBi, da USP.

 “A ideia desses encontros surgiu da necessidade de congregar esforços nas Unidades da USP para promover e levar ao conhecimento do maior número possível de pessoas, os novos serviços lançados com o intuito de aumentar a visibilidade e a acessibilidade da produção intelectual dessa Universidade” diz a diretora do SIBi.

A USP é responsável por aproximadamente 25% de toda a produção científica brasileira e por quase metade da produção do Estado de São Paulo. Os encontros serão realizados nas bibliotecas da USP e também em bibliotecas públicas. Na programação estão previstos encontros de docentes com editores e com as comunidades das cidades de Lorena, Piracicaba, Pirassununga, Ribeirão Preto, São Carlos e na capital paulista, totalizando 25 eventos. A programação completa está no link: http://www.bibliotecas.usp.br/mesdaproducao/

 O novo Portal de Revistas da USP abriga no momento 104 títulos credenciados pelo Programa de Apoio às Publicações Periódicas da USP, dos quais pelo menos 12 apresentam alto fator de impacto nos sistemas internacionais de ranqueamento de revistas. Com cerca de 37 mil documentos, entre artigos, revisões e textos em formato digital, o acesso às publicações é irrestrito. Basta digitar o nome da revista ou um assunto para obter o conteúdo completo de artigos ou textos. A nova versão do Portal apresenta como principais avanços a integração a outros portais de informação da Universidade e novas funcionalidades para os editores de revistas da USP.

A Biblioteca Digital da Produção Intelectual da USP (BDPI) inclui nesse momento cerca de 30 mil documentos de autores USP publicados em revistas nacionais e internacionais indexadas na SciELO e na Web of Science no período de 2008 a 2011. Desse total de documentos, cerca de 12 mil estão com acesso ao texto completo, sem restrições. Para cada artigo indexado, é possível localizar a agência financiadora, o fator de impacto e o índice h da revista, bem como os coautores e respectivas instituições e países de origem. Quando o documento refere-se a um projeto financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), é possível acessar seu registro diretamente no site da Agência. Além disso, é possível obter estatísticas de acesso e número de downloads realizados.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Bibliotecários e técnicos da UNESP/ Rio Claro visitam a Biblioteca da FZEA/USP

No último sábado, dia 06 de outubro de 2012, a Biblioteca da FZEA/USP recebeu visita de uma equipe de bibliotecários e técnicos de documentação da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus Rio Claro.

A Biblioteca da Unesp passará por uma ampliação do espaço físico e sua equipe veio à Pirassununga conhecer as instalações da Biblioteca da FZEA/USP, uma vez que esta Biblioteca possui um planejamento e dimensionamento do espaço físico baseado e fundamentado em literatura científica da área.
Portanto, para melhor dimensionar o futuro espaço físico da Biblioteca de Rio Claro, sua equipe técnica veio conhecer as instalações de um prédio planejado, moderno e com arquitetura arrojada.

Os visitantes foram recepcionados pelos funcionários Girlei, Nathalia e Cláudio. A visita foi muito agradável e proveitosa tendo em vista a troca de experiências e o compartilhamento de ideias.
 
O Chefe Técnico da Biblioteca da FZEA/USP, Marcelo Roberto Dozena, tem se reunido, nas últimas semanas, com a equipe do Escritório Regional de Pirassununga para tratar do projeto executivo de ampliação do atual prédio da Biblioteca da FZEA/USP. Hoje são quase 1.500 m2, e em breve serão 3.000 m2 para melhor atender a comunidade de usuários e melhor acondicionar o rico acervo científico aqui presente.
 

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

É hora de mudança


Em entrevista à CH On-line, Rogério Meneghini, um dos criadores do Scielo, maior indexador de periódicos de acesso aberto da América Latina, fala sobre os entraves vividos pelas revistas científicas brasileiras e as perspectivas de transformação do sistema editorial.

Por: Sofia Moutinho/ Ciência Hoje On-line*
 
 

Atualmente, o portal Scielo reúne e dá selo de qualidade a 1.087 periódicos nacionais e internacionais e tem seu modelo adotado em outros 12 países. (montagem: Marcelo Garcia)

Há 15 anos, o bioquímico Rogério Meneghini e seu colega Abel Packer criaram o Scielo (Scientific Electronic Library Online), indexador de periódicos científicos que deu abrigo a centenas de publicações nacionais de acesso aberto, que antes ficavam dispersas e invisíveis à comunidade científica em geral. Hoje, o projeto reúne e dá selo de qualidade a 1.087 periódicos nacionais e internacionais e tem seu modelo adotado em outros 12 países. Muitos pesquisadores são da opinião de que a iniciativa foi fundamental para fortalecer e dar mais visibilidade para a pesquisa feita no Brasil.
Mas, passados os anos e as conquistas citadas, os periódicos nacionais continuam sendo a segunda opção de publicação dos pesquisadores que querem ver seus trabalhos lidos e citados. Mesmo os periódicos nacionais de maior visibilidade têm número de citações de seus artigos e fator de impacto (índice que mede a relevância das revistas) muito inferiores aos das publicações de áreas correspondentes de países desenvolvidos. Em entrevista à CH On-line concedida durante o Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias, Rogério Meneghini comenta essas questões e expõe sua visão sobre o cenário atual dos periódicos brasileiros. O evento acontece esta semana em Gramado, no Rio Grande do Sul.

CH On-line: Os periódicos brasileiros estão longe de alcançar a visibilidade dos internacionais de mesmo porte. Existe perspectiva de que esse cenário mude?
Rogério Meneghini: As revistas têm que seguir o padrão da ciência que se faz no país, principalmente nos países emergentes. Há ainda um fator importante: na hora de publicar, assim como acontece em muitos outros países, uma parte da nossa comunidade científica busca os periódicos internacionais e outra, os nacionais. Mas a forma como esses fluxos de publicação ocorrem difere quando comparamos países desenvolvidos e emergentes.
Nos emergentes – os BRICs [Brasil, Rússia, Índia e China], o Chile, o México e a Argentina –, os ‘bons pesquisadores', que produzem artigos de qualidade superior, tendem a procurar a rota internacional de publicação e menosprezam os periódicos nacionais. Eu mesmo atuei assim quando era um bioquímico da Universidade de São Paulo. Mas percebi que havia uma importância no processo de melhorar o corpo dos periódicos nacionais e por isso criei o Scielo junto com o Abel Parker. Precisávamos de um escoamento dos artigos brasileiros que não encontravam guarida nos periódicos internacionais, seja porque não tinham qualidade suficiente ou porque eram de uma área que tratava de assuntos muito locais. Precisávamos que as revistas e os artigos nacionais tivessem suporte e melhorassem. Com o Scielo, de certo modo, conseguimos isso. Mas hoje chegamos num momento em que, com o sistema que temos, melhorar a qualidade se tornou uma coisa totalmente inviável.

Na sua opinião, quais são os entraves para que os periódicos nacionais tenham maior qualidade e se tornem mais fortes?
Nós basicamente somos pouco profissionais e pouco internacionais na área. Com o Scielo, fomos até certo ponto, mas acho que há um espaço que já foi ocupado e é difícil ir além do jeito que nós estamos operando.
O Brasil é o único lugar do mundo em que não há publishers de fato, o que temos é cada revista sendo seu próprio publisher. São pessoas isoladas de universidades, sociedades e instituições que decidem criar, de forma precária, revistas próprias. E são essas pessoas que tomam conta das revistas. São grupos fechadíssimos, que não estão treinados, não são profissionais. Podem conhecer a ciência, mas não sabem sobre editoração, sobre como criar um corpo editorial eficiente. O Scielo desencoraja totalmente isso. Se uma revista dessas quer entrar no Scielo, a gente não deixa. Mas isso não quer dizer que eles não continuem funcionando.

E a que se deve essa pulverização dos periódicos nacionais que o senhor relata?
O problema é que não existe em qualquer outro lugar do mundo uma pressão tão grande para serem criados novos periódicos quanto no Brasil, e isso por causa da Capes. A Capes faz um esforço louvável de melhorar os cursos de pós-graduação, mas uma das coisas que ela exige e coloca em primeiro plano é a publicação de artigos por esses cursos. Há muitas áreas, principalmente as humanas, que não têm a tradição nem o traquejo de publicar internacionalmente, mas são obrigadas a publicar artigos e criam seus próprios periódicos. É difícil saber o número exato de periódicos que existem no Brasil, mas acredito que esteja em torno de 3 mil ou 4 mil. Para você ter uma ideia da qualidade dessas publicações, já passaram pelo Scielo nos últimos 15 anos cerca de 1.300 periódicos nacionais e só foram aprovados 360.

Mas o maior problema desses periódicos é a qualidade da pesquisa publicada ou são falhas de estrutura?
É basicamente a qualidade da pesquisa. No Scielo, usamos uma série de indicadores para avaliar qualidade. Também vemos aspectos formais. Às vezes, os periódicos têm que fazer uma remodelação total para se submeter ao Scielo. Tem que haver, por exemplo, pontualidade, um corpo editorial atuante e que não seja endogênico. Então o Scielo trabalha até certo ponto para que as revistas reparem esses problemas. Mas o Scielo não é um publisher, é um indexador. Temos uma boa visibilidade internacional, mas percebo que chegamos a um limite de possibilidade de avanços e precisamos de uma mudança forte.
Que mudança poderia ser feita para resolver esse problema da baixa qualidade e da pulverização dos periódicos nacionais? A criação no Brasil de periódicos generalistas como a Nature seria uma alternativa?
Não chegaria a isso. Nem mesmo uma meca da produção científica que é a Holanda – país pequeno que tem uns 400 periódicos – conseguiria isso. Os artigos deles são bons, melhores que os daqui, mas eles não têm condições de criar uma revista de qualidade como a Nature. Temos que encarar que quem produz o ‘top’ de artigos no mundo são Estados Unidos e Inglaterra.
O ideal para o Brasil seria ter parte desse pessoal estrangeiro que sabe como publicar e tem uma tradição editorial forte atuando nos periódicos nacionais. Precisamos profissionalizar as revistas, ter um editor que seja um cientista de porte e que conheça o que é ser publisher. Não existe no Brasil essa figura.
Então a minha proposta é fazer um projeto-piloto de três ou quatro anos, com apoio de CNPq, Capes e Fapesp, para trazer publishers internacionais para seis ou oito revistas nacionais. Eles iriam interagir com os publishers daqui, que iriam ganhar um salário. É um trabalho insano esse e não pode ser uma coisa gratuita e amadora. Esse indivíduo com experiência internacional saberia lidar com várias situações que os brasileiros não sabem e ainda traria visibilidade para as revistas daqui. Teríamos ao mesmo tempo internacionalização e profissionalização e atrairíamos mais artigos vindos de outros países com ciência forte, o que iria elevar o fator de impacto das nossas revistas.
Hoje, a maior parte dos estrangeiros que quer publicar aqui é da China e submete trabalhos de má qualidade, que não foram aceitos em outro lugar. Mas parece que os nossos editores estão contentes com o jeito que operam. Eles se sentem donos e responsáveis por suas revistas e não querem colaboração com revistas internacionais.

Um dos fatores usualmente apontados como impeditivos para a projeção dos periódicos brasileiros no cenário internacional é o fato de que muitos deles não publicam em inglês. O senhor, como coordenador científico do Scielo, ainda vê esse problema?
Esse ainda é um problema sério. Ainda são publicados somente em português 45% dos periódicos indexados no Scielo. Se você tira esse percentual de periódicos de língua portuguesa e faz um novo cálculo de citações por artigo, consegue um aumento significativo do número de citações.

O Scielo foi um dos primeiros indexadores de periódicos de acesso aberto, quando a discussão sobre o assunto não estava tão politizada. Hoje o sistema editorial tradicional parece viver uma crise e muitos críticos apontam que a universalização do acesso aberto é o melhor caminho alternativo. O que o senhor pensa disso?
Eu acho que isso é um pouco de sonho. O acesso aberto da maneira como se pensou inicialmente, em que conhecimentos importantes financiados com dinheiro público deveriam ser abertos, é certo. Mas o que também é certo é que os publishers precisam ganhar por seu trabalho de administrar a revisão por pares e editar as revistas. Só que há um problema que é o abuso do lucro dos grandes publishers, principalmente a Elsevier, que sofreu um boicote e sentiu por isso. O lucro desses grandes publishers é exorbitante. Não são as empresas de maior faturamento, mas o lucro é de 30% a 40%, comparável ao do Google, que faz inovações tecnológicas diariamente!
Nos Estados Unidos, estava havendo uma discussão sobre colocar em acesso aberto as revistas produzidas com verbas do governo. Há um grupo a favor e outro contra, mas a discussão ficou em água morna por causa das eleições presidenciais e deve ser retomada em breve. Mas a questão continua: quem vai pagar por isso? Para mim, a solução é relativamente simples: vamos manter os publishers, e os autores terão que pagar, além da taxa de publicação, uma taxa pelo acesso aberto, que será custeada pelo governo. Acredito que essa seja a tendência e os sistemas de financiamento dos países vão ter que arcar com isso.

Esse modelo que o senhor prevê seria possível para os autores brasileiros que publicam nas grandes revistas?
O CNPq e a Capes teriam que pagar por isso. Mas, para você ver o desprezo dos órgãos de financiamento pelas publicações no Brasil, eles dão em conjunto cerca de 5 milhões de reais por ano para 300 ou 400 periódicos, o que não passa de 20 mil reais para cada um. O gasto do Brasil com revistas científicas pelo CNPq e Capes é menos que 0,5% do dinheiro total para pesquisa. Nos Estados Unidos, o investimento é cerca de quatro vezes maior que isso. É um problema sério, pois precisamos aprender a fazer revistas. Porque fazer revista não é só uma forma de escoamento científico, é uma etapa importante do fazer ciência. Você melhora o artigo, percebe coisas sobre a pesquisa quando escreve, o editor propõe ajustes. Podemos melhorar a ciência do laboratório, mas temos que melhorar também a prática de fazer revistas de qualidade.
* A repórter viajou a Gramado (RS) a convite da empresa Systems Link.
 

terça-feira, 18 de setembro de 2012

I Semana Acadêmica da FZEA

 
Faça sua inscrição, acessando o site: www.biossistecjr.com.br/semac
Além do espaço para inscrições, o site contém a programação dos cursos, link para contato, dentre outros.
Participe!

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Exposição comemorativa dos 30 anos do SIBi/USP foi destaque na 22ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo




A exposição “Conhecimento: custódia & acesso”, idealizada como parte das celebrações dos 30 anos de criação do Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade de São Paulo (SIBi/USP), recebeu mais de 19 mil visitantes durante a 22ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que terminou no último domingo (19/08). “Um sucesso total”, destaca Geni Toffoli, bibliotecária responsável pela gestão da exposição.
Após um período de dois meses no Museu da Língua Portuguesa, a exposição “Conhecimento: custódia & acesso” foi convidada a integrar a Bienal, cujo tema deste ano era o poder de transformação dos livros. Num estande de 240 m², a mostra organizada pelo SIBi/USP procurou enfatizar o resgate, a preservação e a difusão do conhecimento científico e cultural, discutindo o papel das bibliotecas universitárias no mundo contemporâneo.
Depois do sucesso no Brasil, estão em curso tratativas para que a exposição concebida pelo SIBi/USP represente a Universidade de São Paulo nas próximas feiras do livro de Guadalajara, no México, e de Frankfurt, na Alemanha.



Fonte: Assessoria de Comunicação SIBi/USP

Biblioteca da FZEA/USP organizou viagem cultural à Bienal do Livro de SP


A equipe da Biblioteca submeteu projetos de viagens culturais à Comissão de Cultura e Extensão Universitária da FZEA/USP, e os mesmos foram aprovados. A primeira viagem teve como destino a Bienal Internacional do Livro de SP, que após ampla divulgação junto à comunidade fzeana, houve uma enorme demanda. A viagem ocorreu em 18 de agosto e teve a participação de alunos, docentes, funcionários e dependentes dos servidores da FZEA/USP. A viagem foi um sucesso!!! Além de ter acesso à centenas de expositores de livros nacionais e internacionais, o público presente pôde ver de perto muitos autores renomados e conhecidos nacionalmente, participar do Salão de Ideias, Espaço Jovem, Espaço do Professor, Espaço da Gastronomia e Literatura (denominado Cozinhando com Palavras), Contação de histórias e muito mais... A próxima viagem cultural (já aprovada pela CCEx/FZEA) será novamente para a capital paulista, desta vez para o Museu da Língua Portuguesa e Museu do Futebol. Aguardem!!!


Girlei Aparecido de Lima


Como se fabrica um livro

 Está rolando nas mídias sociais um vídeo de como se fabrica um livro.... O vídeo é curto e muito interessante... Vale a pena acessar e assistir.



terça-feira, 26 de junho de 2012

Animação sobre a história da Biblioteca Nacional

Quer saber mais sobre a Biblioteca Nacional? Então veja esta animação:

Biblioteca Digital de Teses da USP está entre as 10 melhores do mundo


CISC News - Biblioteca Digital de Teses está entre as 10 melhores do mundo PDF Imprimir E-mail
Assessoria de Comunicação   
10-Mai-2012
A Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP está entre os 10 melhores repositórios do mundo (Webmetrics, abril 2012). Esse é o tema da 2ª edição do CISC News, que traz o depoimento do pró-reitor de Pós-Graduação, Vahan Agopyan.

Criada em 2001, a biblioteca foi concebida por uma comissão multidisciplinar formada por representantes da Superintendência de Tecnologia de Informação (STI), do Sistema Integrado de Bibliotecas (SIBi), da  Pró-Reitoria de Pós-Graduação e do Centro de Informática de São Carlos (CISC).

O software do repositório foi desenvolvido pelo próprio CISC e hoje já está em sua terceira versão.

Clique no link abaixo e assista ao CISC NEWS.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Convite: Apresentação de novos produtos e serviços do SIBi/USP

Convidamos V.Sas. a participarem conosco dessas reuniões e conhecerem mais sobre o papel do SIBiUSP para a Universidade



Prestigiem!!

quarta-feira, 2 de maio de 2012

PORTAL DE BUSCA INTEGRADA DO SIBi/USP: saiba o que ele faz e conheça suas vantagens



Os e-books estão chegando


O desembarque da Amazon e da livraria digital da Apple no Brasil agita as editoras nacionais e promete mudar o hábito de leitura de milhões de brasileiros

André Julião

A constante reclamação de que o brasileiro lê pouco não incomoda os executivos da Amazon e da Apple, os dois gigantes globais dos livros eletrônicos. Esse “pouco” foi suficiente para fazer com que pelo menos um deles chegue ao País em breve, segundo rumores do mercado editorial. Aproveitando os entraves que tomaram conta das já avançadas negociações entre a Amazon – maior livraria online do mundo – e as editoras nacionais, a Apple mandou executivos para o Brasil, que já teriam firmado acordos para começar nas próximas semanas as vendas de títulos em português pelo aplicativo iBooks, disponível para iPad. 

Apesar de planejar o início das operações no Brasil para o segundo semestre, a Amazon pretendia ter em seu portfólio pelo menos 100 editoras nacionais, mas fechou acordo com apenas dez, sendo só uma de grande porte. Está claro, portanto, que o grande obstáculo para a implantação da loja virtual criada pelo americano Jeff Bezos, presente em nove países e criadora do leitor Kindle, é vencer a resistência das editoras brasileiras. Segundo fontes ouvidas por ISTOÉ, elas temem sofrer represálias das livrarias físicas presentes no País, caso fechem um acordo com a Amazon.
Outro entrave é o contrato-padrão da livraria eletrônica, com cláusulas que incluem o acesso a todo o catálogo da editora para a digitalização, pedidos de exclusividade e comissões em torno de 50% do preço. No Brasil, esse percentual para as edições em papel é, em média, de 35%. A demora nas negociações e a chegada da Apple podem fazer com que a Amazon flexibilize suas regras. Mas Bezos é conhecido pela agressividade nos negócios. Uma das alternativas que ele tem na manga é entrar de sola também no mercado tradicional de livros de papel, tranquilizando as editoras que temem um boicote das livrarias. Cabe lembrar que a Amazon surgiu na era anterior aos e-books, vendendo obras de papel na internet.

“É uma questão de mercado. Alguém vai acabar cedendo”, diz Karine Pansa, presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), que promove um congresso sobre obras digitais em maio. Se apenas a Apple firmar um acordo com as maiores editoras brasileiras, nada muda para a publicitária Alana Della Nina, que comprou um Kindle nos EUA há dois anos e adquire ao menos quatro e-books (em inglês) por mês na Amazon americana. “O Kindle é quase prosaico. Essa é a grande sacada dele. O iPad não serve para ler textos grandes. A leitura se torna desconfortável em pouco tempo”, diz.

A mesma opinião tem a escritora Thalita Rebouças, que já vendeu mais de um milhão de livros de papel. “Tenho iPad e Kindle e adoro os dois”, diz. “Mas o primeiro é bom para assistir a vídeos e ler, no máximo, uma revista. Já o outro é leve e tem uma tela tão confortável para os olhos quanto o papel”, compara. Dos 13 títulos publicados pela autora, nove estão disponíveis no formato e-book nos sites de livrarias como Saraiva, Cultura, Submarino e Positivo, entre outras.

Para ter mais poder de barganha nas negociações das versões eletrônicas de seus títulos, a editora que publica as obras de Thalita, a Rocco, se uniu à Record, Sextante, L&PM, Planeta e Objetiva – as maiores do País – para formar a DLD (Distribuidora de Livros Digitais). “É muito bom para o autor que o trabalho esteja disponível em vários formatos”, diz Thalita. “Mas o papel ainda tem uma longa vida pela frente.”

Os defensores do e-book argumentam que ele sempre será mais barato (em torno de R$ 20) por não ter o custo de impressão. Mas nem todos concordam. “O livro digital é barato porque parte do preço é dividido com o título impresso”, diz Marcelo Duarte, jornalista e diretor-editorial da editora Panda Books, que tem 42 de seus 380 títulos em versão para iPad. Ele acredita que versões exclusivas para e-readers serão mais salgadas. “A impressão é apenas parte do custo. Há outros processos, como diagramação, tradução e edição”, afirma Duarte.




Uma coisa é certa: não dá mais para desprezar o mercado brasileiro. Mesmo não havendo dados sobre as vendas por aqui, o enorme potencial é consenso. O segmento educacional é prova disso. O Ministério da Educação e Cultura (MEC) realizou recentemente um pregão para adquirir 900 mil tablets. Os equipamentos serão repassados aos professores do ensino médio das escolas públicas ainda este ano. Não por acaso, a Apple estaria apostando no segmento de livros eletrônicos didáticos.

“Independentemente de a Apple ou a Amazon virem para o Brasil, as empresas daqui estão estabelecidas e são bem-sucedidas”, defende Karine, da CBL. Recém-chegada de um dos maiores eventos do setor, a London Book Fair, na Inglaterra, ocorrido na semana passada, Karine ficou impressionada com o interesse dos estrangeiros pelo País. “Quando eu dizia que era brasileira, invariavelmente ouvia: ‘O Brasil está bombando!’”, conta. De fato, o País atrai quem domina o segmento como uma mina de ouro.

Quando a Amazon lançou o Kindle nos EUA, em 2007, o mercado de e-books americano praticamente não existia. Hoje, no entanto, a empresa vende mais livros digitais do que em papel. Segundo a Associação Americana de Livros, as vendas de e-books naquele país cresceram 117% em 2011. Com cada vez mais brasileiros tendo acesso a bens de consumo e à cultura, não é de admirar a ferocidade com que os gigantes da tecnologia estão travando a guerra pelo nosso mercado. 


quarta-feira, 28 de março de 2012

Cerca de 75% dos brasileiros jamais pisaram em uma biblioteca, diz estudo

Pesquisa do Instituto Pró-Livro mostra que 71% da população têm fácil acesso a uma biblioteca
27 de março de 2012 | 23h 19

Edison Veiga e Paulo Saldana - O Estado de S.Paulo

O desempregado gaúcho Rodrigo Soares tem 31 anos e nunca foi a uma biblioteca. Na tarde desta terça-feira, ele lia uma revista na porta da Biblioteca São Paulo, zona norte da cidade. "A correria acaba nos forçando a esquecer essas coisas." E Soares não está sozinho. Cerca de 75% da população brasileira jamais pisou numa biblioteca - apesar de quase o mesmo porcentual (71%) afirmar saber da existência de uma biblioteca pública em sua cidade e ter fácil acesso a ela.

Vão à biblioteca frequentemente apenas 8% dos brasileiros, enquanto 17% o fazem de vez em quando. Além disso, o uso frequente desse espaço caiu de 11% para 7% entre 2007 e 2011. A maioria (55%) dos frequentadores é do sexo masculino.

Os dados fazem parte da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, do Instituto Pró-Livro (IPL), o mais completo estudo sobre comportamento leitor. O Estado teve acesso com exclusividade a parte do levantamento, cuja íntegra será divulgada nesta quarta-feira em Brasília.

Para a presidente do IPL, Karine Pansa, os dados colhidos pelo Ibope Inteligência mostram que o desafio, em geral, não é mais possibilitar o acesso ao equipamento, mas fazer com que as pessoas o utilizem. "O maior desafio é transformar as bibliotecas em locais agradáveis, onde as pessoas gostam de estar, com prazer. Não só para estudar."

A preocupação de Karine faz todo sentido quando se joga uma luz sobre os dados. Ao serem questionados sobre o que a biblioteca representa, 71% dos participantes responderam que o local é "para estudar". Em segundo lugar aparece "um lugar para pesquisa", seguido de "lugar para estudantes". Só 16% disseram que a biblioteca existe "para emprestar livros de literatura". "Um lugar para lazer" aparece com 12% de respostas.

Perfil. A maioria das pessoas que frequentam uma biblioteca está na vida escolar - 64% dos entrevistados usam bibliotecas de escolas ou faculdades. Dados sobre a faixa etária (mais informações nesta página) mostram que, em geral, as pessoas as utilizam nessa fase e vão abandonando esse costume ao longo da vida.


A gestora ambiental Andrea Marin, de 39 anos, gosta de livros e lê com frequência. Mas não vai a uma biblioteca desde que saiu dos bancos escolares. "A imagem que tenho é de que se trata de um lugar de pesquisa. E para pesquisar eu sempre recorro à internet", disse Andrea.

Enquanto folheava uma obra na Livraria Cultura do Shopping Bourbon, na Pompeia, zona oeste, diz que prefere as livrarias. Interessada em moda, ela procurava livros que pudessem ajudá-la com o assunto. "Nem pensei em procurar uma biblioteca. Nas livrarias há muita coisa, café, facilidades. E a biblioteca, onde ela está?", questiona. Dez minutos depois, passa no caixa e paga R$ 150 por dois livros.

O estudante universitário Eduardo Vieira, de 23 anos, também não se lembra da última vez que foi a uma biblioteca. "Moro em Diadema e lá tem muita biblioteca. A livraria acaba mais atualizada", diz ele, que revela ler só obras cristãs. "Acho que nem tem esse tipo de livro nas bibliotecas."

FONTE:  http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,cerca-de-75-dos-brasileiros-jamais-pisaram-em-uma-biblioteca-diz-estudo,854168,0.htm

SÉRIE: As Bibliotecas e a Produção do Conhecimento - 01 Fernando Henrique Cardoso

quarta-feira, 7 de março de 2012

Nova biblioteca de Stuttgart



Nova biblioteca de Sttutgart
      
      A cidade de Stuttgart chamou a atenção internacional ao investir 79 milhões de euros em uma biblioteca pública, que oferece serviços de qualidade, eventos sofisticados e tecnologia de ponta, além de uma arquitetura espetacular.

        A nova biblioteca de Stuttgart provocou muita polêmica por sua arquitetura, local e custo. No entanto, parece que o ceticismo inicial foi substituído por entusiasmo.

     Os objetivos mais importantes são garantir o acesso livre à informação de forma permanente e garantir a participação social, econômica e cultural.

      A Alemanha possui 8.404 bibliotecas públicas com acervo total de 123 milhões de mídias. Estas bibliotecas receberam 122 milhões de visitantes em 2009, que emprestaram 370 milhões de mídias. As bibliotecas gastaram 878 milhões de euros em 2009.

Fonte: Christine Brunner. Entrevista concedida ao BOB News, n.53, fev.2012

Empreendedorismo: estudante desenvolve site que já é sucesso em venda e compra de livros acadêmicos usados em todo o Brasil

Caros usuários

         A equipe da Biblioteca Central da USP/FZEA tem a satisfação de divulgar o trabalho desenvolvido por um estudante da UFMG, Danilo Maia, que criou um sistema online de negociação de livros acadêmicos usados, visando facilitar a vida dos estudantes amenizando os altos gastos que são tão comuns para a aquisição de livros novos.

         Tal projeto é totalmente gratuito e está ao alcance de todos os alunos universitários.

          Visite o site Adquo  e leia a matéria abaixo para saber mais detalhes sobre o projeto e sua criação.

Danilo Maia, criador do Adquo


          Danilo Maia, estudante do 10º período do curso de Engenharia Elétrica da UFMG, criou uma alternativa muito interessante para economizar perante os altos gastos com livros para o curso. Ele desenvolveu um sistema semelhante a uma “feira online”, onde qualquer estudante pode procurar, anunciar e comprar livros acadêmicos, e tal sistema está em uso e constante crescimento desde o final do ano de 2010, transformando-se em um site: Adquo.

        O princípio do sistema é bastante simples, com base na interatividade entre os usuários. É necessária a criação de uma conta no site para quem tem interesse em vender livros, e a busca é livre para qualquer usuário sem qualquer necessidade de cadastro. Danilo salienta a importância da ausência de taxas: “É tudo gratuito. Para uma iniciativa crescer ela tem que ser simples, funcional, para que as pessoas possam se sentir atraídas”,

     Conforme constatado pelo criador do site, o período de pico de negociações ocorre sempre no início dos semestres letivos, e tende a aumentar nos próximos anos. Danilo tem expectativas de fechar o ano de 2012 com 10 mil negociações concluídas e de  chegar a marca de 100 mil usuários cadastrados em 2014, incorporando novos serviços ao site até lá.
Além das negociações de livros, o site ainda traz para a rede online os avisos que são publicados nos conhecidos quadros e murais dos corredores das faculdades, facilitando assim o conhecimento dos futuros eventos e acontecimentos.

       Danilo Maia, que tem 23 anos e trabalha na área de desenvolvimento de softwares, conta que a ideia surgiu após cursar a disciplina optativa Engenharia de Software. O nome Adquo vem do latim, e significa o centro da questão (busílis). No princípio a divulgação foi feita por meio de conversas e e-mails enviados a amigos. O projeto está funcionando oficialmente desde 2011.