A Biblioteca Central FZEA-USP agradece todo apoio e colaboração recebida durante 2020 e deseja um Feliz Natal e um 2021 repleto de saúde e esperanças!
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Os dados são da pesquisa realizada a partir da base de dados Scopus e elaborada pela revista Plos Biology, que analisou mais de 100 mil pesquisadores de todo o mundo.
Como medir o impacto da ciência? Entre os cientistas, uma das métricas mais populares está relacionada à citação, que é a menção no texto de uma informação extraída de outra fonte, com o nome de outro pesquisador, que tem o propósito de esclarecer ou fundamentar as ideias do autor. O chamado impacto de citação mostra o número médio de citações que um documento recebeu em um dado período. Ele é muito utilizado na avaliação de desempenho de pesquisa mas é passível de conclusões tendenciosas se não tiver outros parâmetros reguladores. Além disso, em certas áreas, o indicador de citações e impacto tende a ser maior do que em outros campos científicos, devido às características da própria área, tais como velocidade, frequência e volume de publicações, bem como diferentes densidades de citação.
Para tornar os resultados de citação mais equilibrados com relação a outros índices, um estudo divulgado em outubro pela Public Library of Science (PLOS), organização sem fins lucrativos que trabalha com publicações científicas de acesso aberto, elaborou um ranking dos cientistas mais influentes do mundo a partir de indicadores de citação múltiplos. O índice composto, que classifica os cientistas, é baseado em vários dados como citações, autocitações, número de artigos publicados, índice de coautoria e citações de artigos em diferentes posições de autoria. Esses vários índices permitem múltiplas interpretações conforme o interesse de quem analisa. Os cientistas também foram classificados em 22 campos científicos e 176 subcampos.
O estudo, publicado pela revista Plos Biology, analisa a menção de cientistas a partir da base de dados Scopus (maior base de dados de resumos e citações de literatura científica revisada por pares), e mostra 158 pesquisadores da USP no ranking dos mais reconhecidos mundialmente. O resultado foi compilado e divulgado pela Agência USP de Gestão da Informação Acadêmica (Aguia), responsável pela gestão da informação e da produção intelectual da Universidade.
Os pesquisadores da Universidade de Stanford que realizaram o estudo Updated science-wide author databases of standardized citation indicators, liderados por John Ioannidis, do Departamento de Epidemiologia e Saúde Pública, elaboraram um banco de dados a partir de 100 mil cientistas de destaque e fizeram a classificação de acordo com um índice composto. Eles também dividiram os dados em dois rankings, um que considera as citações ao longo da carreira e outro somente do ano de 2019.
A lista também inclui cientistas que não estão entre os 100 mil melhores, de acordo com o índice composto, mas estão entre os 2% melhores em seu subcampo de pesquisa, que são aqueles que publicaram ao menos cinco artigos em publicações científicas de impacto mundial. A relação completa, que pode ser conferida neste link, tem 161.441 nomes, sendo 853 do Brasil e, destes, 158 da USP.
“Esse estudo busca equilibrar e neutralizar a prevalência de uso do índice de impacto de citações, utilizando indicadores de citação múltiplos, acrescidos do histórico de publicações na carreira do docente, resultando em um indicador composto (composite score)”, explica Elisabeth Dudziak, da área de comunicação científica e divulgação de recursos de informação da Agência Aguia.
Elisabeth também destaca itens positivos sobre o desempenho geral da USP, como a classificação de 34 pesquisadores na faixa de índice composto 3 e 24 autores na faixa 2. Além disso, os cientistas da Universidade não ultrapassaram o limite de autocitações, indicador importante de qualidade de pesquisa.
A FZEA-USP tem o privilégio de contar com 3 professores entre os mais influentes do mundo: Paulo José do Amaral Sobral (na área de Agronomia e Agricultura), Holmer Savastano Junior (na área de Materiais) e Carmen Silvia Fávaro-Trindade (na área de Agronomia e Agricultura). Parabéns aos Professores, Parabéns à FZEA!!!
Fonte: Jornal da USP 19 nov. 2020
A USP adquiriu uma importante coleção de e-books, uma plataforma que oferece acesso a milhares de livros eletrônicos das principais editoras do país. Há muitos livros da Bibliografia Básica dos cursos da FZEA.
Preparamos um passo-a-passo para você acessar a plataforma, localizar seus livros e também tirar suas dúvidas sobre o serviço:
1. Acesso
Para ter acesso à Minha Biblioteca acesse o link https://usp.minhabiblioteca.com.br em
seu navegador.
2. Cadastro
Em seu primeiro acesso, você deverá preencher um cadastro rápido, informando
seu nome, sobrenome, e-mail e resposta a uma pergunta chave. Uma mensagem de
confirmação será enviada em seu e-mail tendo como emitente Bookshelf.
3. Confirmação em seu e-mail
Confirme seu e-mail para acessar a Coleção da Minha Biblioteca.
4. Comece suas pesquisas
Comece suas pesquisas e acesse as obras do Catálogo. Passe o mouse sobre
qualquer capa para obter mais opções, incluído detalhes do livro e buscas de
termos. É possível também realizar buscas no Catálogo por assuntos ou títulos
dos e-books. A busca é feita tanto no título como no conteúdo dos livros. Em
Tendências, é possível identificar obras mais consultadas.
Para mais informações, acesse: AGUIA-USP
A partir do começo deste século XXI, as universidades de pesquisa, ao redor do mundo, perceberam que estavam muito fechadas em si mesmas e, em função disso, se afastando das sociedades.
A importância de suas atividades perdia visibilidade fora de seus campi e de círculos muito restritos. O tema tornou-se recorrente nas reuniões internacionais dos gestores universitários. Da sua discussão, nasceu o conceito de Terceira Dimensão das Universidades, uma sofisticação das tradicionais atividades de extensão, que as universidades exercem além do ensino e da pesquisa. O conceito recomenda o fortalecimento da interação entre as universidades e a sociedade de forma a promover maior aproximação e intercâmbio entre as partes.
Em recente artigo de H. Schwartsman (O Futuro das Universidades, 28/07/2020) fica clara a incompreensão da função de uma universidade, especialmente as de pesquisa. O autor pergunta “por que um canudo de Harvard vale mais do que o de um community college?”. Certamente, um profissional graduado em Harvard não é melhor nem pior do que o de um community college [instituição de ensino superior cujo objetivo central é o ensino, e conforme o Estado, nem sempre reconhecida como universidade]. Ele é diferente.
Em uma universidade de pesquisa, o ensino é oferecido em um ambiente em que o conhecimento é desenvolvido por professores que são cientistas. O aluno, durante o curso, nem sempre percebe a influência dessa abordagem, mas quando atua profissionalmente constata que foi preparado para enfrentar desafios, para não temer o desconhecido e as inovações. É um profissional diferente, necessário para o desenvolvimento social, cultural e econômico da sociedade.
A pandemia da covid-19 está demonstrando, no mundo todo, algo que passava desapercebido para as sociedades nos últimos anos, talvez nas últimas décadas: a importância fundamental do ensino e da pesquisa a que se dedicam as grandes universidades.
Pesquisadores de universidades e institutos de todo País ocupam, como nunca antes, enorme espaço nos meios de comunicação relatando e debatendo a busca incessante de fórmulas terapêuticas de combate à pandemia que paralisa o mundo há meses.
Grupos de pesquisa se multiplicaram pelas universidades em busca de caminhos para enfrentar um vírus que pegou o mundo de surpresa. Só na USP formaram-se 250 grupos de pesquisa para os mais variados fins, em todas as áreas do conhecimento. A descoberta de inúmeras vacinas, resultantes do esforço de instituições internacionais, inclusive do Brasil, desenha-se no horizonte, possibilidade que é acompanhada sofregamente pela mídia.
O engajamento das universidades e instituições públicas de pesquisa brasileiras neste momento de crise, sua capacidade de responder à terrível demanda de exorcizar a covid-19, é fruto de trabalho e investimentos que vem de décadas, um esforço contínuo nem sempre reconhecido e apoiado por governos e sociedade. Pior, mais recentemente criou-se, até mesmo em nível global, um incompreensível ambiente hostil às atividades acadêmicas, lastreado em crenças e motivações obscurantistas direcionadas contra a racionalidade científica.
O mundo da universidade é vasto, variado e complexo, tem regras próprias e específicas de funcionamento. Formar os futuros quadros de uma Nação é um apostolado que impõe dedicação permanente, conhecimento histórico e visão de futuro.
As pesquisas, em todos os campos do saber, exigem paciência, profundidade e abertura para o inesperado e imprevisto antes da obtenção de um bom e seguro resultado. Essas são as principais funções das universidades de pesquisa.
As aceleradas dinâmicas das sociedades atuais dificultam que elas sejam percebidas na sua integridade. Mas cabe às universidades superar as próprias deficiências de comunicação, fazerem-se compreender e mostrar o quanto são úteis para o desenvolvimento da sociedade. É disso o que trata o conceito de Terceira Dimensão.
Vahan Agopyan é professor titular da Escola Politécnica e reitor da USP
(Este artigo foi publicado originalmente na versão on-line do jornal Folha de São Paulo, editoria Tendências e Debates, em 30/07/20)
Fonte:
https://jornal.usp.br/institucional/a-renovacao-continua-das-universidades-de-pesquisa/