Trabalho em uma biblioteca onde boa parte do que era consultado até 2 anos atrás foi digitalizado, o que gerou uma redução de usuários, porém, com algumas modificações para o bem estar do usuário que não está pesquisando o acervo digital conseguimos até manter a biblioteca ativa. Mas todos os usuários sumiram? Não! Aliás, com trabalho conseguimos cativar alguns para trocarem os computadores de sua casa pelos da biblioteca, ou utilizarem o espaço da biblioteca com seus próprios dispositivos, oferecendo rede wi-fi.
O parágrafo acima serve apenas para ilustrar a minha situação: Um volume interessante de acervo digitalizado, com usuários que chegam a biblioteca para pesquisar este acervo em terminais disponíveis. Um cenário interessante, mas ainda temos usuários em documentos impressos e microfilmados. Agora, deixe-me tentar fazer um exercício de reflexão. Vou apagar do cenários os usuários de impressos e microfilmes… melhor… apagar todo este acervo. Confesso que até eu que amo a tecnologia vejo isto com dificuldade. Continuaria sendo uma biblioteca? No Texas poderão responder isto para nossa curiosidade.
O anuncio e a repercussão da notícia abaixo ocorreu em janeiro de 2013 e o Bibliotecno gostaria de saber qual a sua opinião. Abaixo o texto para aqueles que não souberam da iniciativa. Deixe sua opinião nos comentários. Estou recuperando a notícia, pois percebo que ao longo destes últimos meses, de tempos em tempos, a história da Bibliotech volta a tona na mídia mundial e sempre trazendo o mesmo ar de espanto.
Bibliotch, um nome quase parecido com o do blog, será a identidade da primeira biblioteca dos EUA inteiramente digital. Nada de livros e outros impressos… Estamos falando só de E-readers e computadores disponíveis. Os e-readers poderão ser levados para casa e no acervo teremos até 10.000 itens disponíveis para acesso via internet. Os defensores do projeto dizem que este poderia alterar a aparência das bibliotecas para sempre. E como ficariam? Vejam na imagem abaixo:
Mas nem todos acham que isto irá dar certo. Carrie Russell, diretora da ALA (EUA) achar que neste momento isto não irá dar certo, pois as pessoas ainda querem livros impressos. Eu amo o digital, mas acho que este pode ser um modelo para o futuro, pois como disse no início, não consigo, ainda, visualizar isto, por mais que apoie a ideia. Eu ficaria entre os apoiadores e a opinião de Carrie Russell. A coordenadora do projeto, Laura Cole, não gosta de ser chamado de “biblioteca sem livros”, mas sim “biblioteca digital”.
Na verdade esta não é a primeira tentativa… Em Newport Beach (Califórnia) e Tucson (Arizona) já tentaram, mas não deu certo, pois no fim as estantes voltaram. Mas de longe a Bibliotech é mais midiática. Esta nova tentativa estará em um espaço de 4.989 metros quadrados. No início, serão 100 e-readers disponíveis para circulação (com empréstimo domiciliar), e depois mais 50 e-readers para crianças, 50 estações de computadores, 25 notebooks e 25 tablets no local.
Usuários poderão “pegar por empréstimo” livros em qualquer um dos dispositivos na biblioteca e levar os e-readers disponíveis por um determinado tempo. Agora vamos refletir sobre este procedimento… Pensando em tecnologia e suas vantagens, ir ao local não poderá parecer burocrático demais na visão do usuário?
Eu gosto da ideia, mas sinceramente não sei se daria certo. Mesmo amando tecnologia acho os “renders” apresentados, que você está vendo junto a este texto, algo retirado de um filme futurista. O que está acima me parece mais um bar… É engraçado ver bancos de bar enquanto alguns clamam por pufs.
O anuncio da Bibliotech e sua repercussão ocorreu na mídia em janeiro deste ano e de lá para cá muitas demonstrações foram feitas. As obras estão a todo vapor e a inauguração está programada para o fim deste ano. É bom colocar que além de uma biblioteca de documentos digitais, a Bibliotech também visa ser uma referência de educação com a comunidade, sendo parceira das escolas locais.
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