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quarta-feira, 3 de agosto de 2022

As publicações digitais da USP e a democratização do conhecimento: 21 milhões de downloads de arquivos

A maioria das pessoas tem as bibliotecas apenas como lugares em que os livros estão depositados. Seriam o reino do silêncio onde a ideia de um universo estático parece regra pétrea. Guardariam em si somente a palavra escrita/impressa no papel em branco – uma questão importante para o processo criativo de Stéphane Mallarmé, porém absolutamente apartada de quais sejam as funções e objetivos da biblioteca hoje.

Pois é… as bibliotecas são muito, muito mais que isso. São repositórios sofisticados de conhecimento, saberes mediados por coleções de variada ordem: o papel, o digital, o magnético, a película, a imagem, o som, o dado bibliométrico, a produção acadêmica em todos os seus sentidos – documentos e monumentos – penso em Jacques Le Goff. E tudo isso, no caso das universidades, está a serviço da difusão do conhecimento, do apoio ao ensino de graduação e de pós-graduação e do fomento à pesquisa desde a iniciação científica até o pós-doutoramento.

Enfim as Bibliotecas possuem um manancial de mistérios tão significativos – merecem ser desvendados – quanto o das universidades, afinal estas têm suas histórias embricadas com aquelas. Como seria a Universidade de Coimbra sem a Biblioteca Joanina; Oxford, sem a Bondelian; Yale, sem a Sterling ou a Beinecke; Princeton, sem a Firestone, Harvard; sem a Widener ou Bologna, sem a BUB?

Definitivamente as bibliotecas e toda sua complexidade são essenciais para uma grande universidade mundial. Em que pese a idade destes patrimônios, são exemplos de inovação e de defesa do patrimônio histórico, ao mesmo tempo – e isto não é um paradoxo ou um oximoro. São e estão vivas, donde mutam, se reorganizam, mais do que isso se ressignificam. Elas servem diretamente às atividades-fim das instituições, já que se ocupam de atender docentes, estudantes e funcionários, gerindo, resguardando e mantendo as coleções que, alfim e ao cabo, dão o suporte científico, cultural e educacional em todas as áreas de investigação da universidade.

Mais do que isso, as bibliotecas servem à inclusão e ao pertencimento, pois que acolhem estudantes cuja capacidade de aquisição de materiais é precária. Servem à pesquisa, dado que disponibilizam conteúdos up to date. Servem à graduação, já que abrem horizontes para o conhecimento. Servem à pós-graduação porque não há como fazer um trabalho de grau sem seus acervos. Servem à cultura, à extensão e à inclusão, uma vez que estão abertas à sociedade como um todo.

A documentação, sobretudo, a de caráter científico, cultural e técnico, deve ser permanentemente atualizada, através da aquisição frequente de publicações periódicas ou através de suporte às publicações nascidas na própria universidade, cuja circulação esteja amparada pelo livre acesso cuja base é a ciência aberta. Nesse sentido, é obrigação da universidade o investimento em coleções, sob pena de fragilizar a formação oferecida aos estudantes, sob pena de acanhar a pesquisa, sob pena de apequenar as ações de inclusão e extensão.

Leia o artigo completo, clicando aqui: Jornal da USP

Por Paulo Martins, presidente da Agência de Bibliotecas e Coleções Digitais da USP e diretor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP

Fonte: https://jornal.usp.br/artigos/as-publicacoes-digitais-da-usp-e-a-democratizacao-do-conhecimento-21-milhoes-de-downloads-de-arquivos/


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